CNseg analisa perspectivas para o mercado de seguros

CNseg analisa perspectivas para o mercado de seguros

Ao fazer uma retrospectiva de 2017 durante o evento “Almoço de Confraternização do Mercado Segurador”, nesta quarta-feira, 13, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, reconheceu que o ano não foi corriqueiro, mas melhor que 2016, este de extrema dificuldade para o País na economia, na política e no campo da cidadania. A seu ver, o esforço do governo de recuperar os fundamentos econômicos no decorrer de 2017 representou um avanço inegável para a retomada do crescimento- “lenta, mas firme”- e uma evolução da maturidade institucional. “Os números falam por si: a inflação converge para 3% ao ano; os juros básicos recuam aos 7%; e os indicadores de desempenho dos setores econômicos são alvissareiros”, afirmou ele, lembrando que “emprego, renda e produtos” são os combustíveis do mercado segurador.

Cerca de 400 pessoas, entre lideranças setoriais, executivos e autoridades de supervisão do mercado, participaram da solenidade, incluindo os presidente da Fenacor, Armando Vergilio, e da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, e de vários Sincors, além de membros da diretoria da Federação.

Na ocasião, Coriolano destacou algumas das medidas econômicas mais importantes para a volta à normalidade, como a PEC dos gastos públicos, a atuação independente do Banco Central, além das reformas estruturais concluídas, como a modernização trabalhista- e outras à espera de votação no Congresso Nacional, como a da Previdência Social ou a tributária.

Apesar das dificuldades dos anos recentes- como a “vexaminosa queda de 3,5% do PIB de 2016”- Marcio Coriolano assinalou que o mercado segurador passou pela prova de fogo da recessão com maestria e, como ocorreu no ano passado, deverá fechar 2017 com um desempenho acima da média dos demais setores econômicos. A previsão é de que a arrecadação suba de algo entre 9% e 10,5%. A taxa estimada, embora próxima da apresentada em 2016 (9,5%), é mais consistente, se considerada a queda de 30% nos valores do seguro DPVAT, a redução de segurados de planos de saúde e os impactos do recuo das taxas de juros nos planos de previdência. publico

Em compensação, algumas modalidades ajudaram o mercado a recuperar o prumo. Ele destacou o crescimento expressivo dos seguros de Crédito e Garantias, as vendas de Vida Individual, do Rural e do Habitacional, além da gradual recuperação da apólice de Auto. Ao lado disso, as seguradoras promoveram no decorrer do ano ajustes nos seus índices de eficiência operacional, melhorando-os o suficiente para fortalecer os níveis de solvência do setor.

No seu balanço, Marcio Coriolano também destacou as contribuições dos órgãos de supervisão em prol do mercado. “A condução da Susep deve ser reconhecida e nossa agenda tem sido participativa e produtiva”, assinalou ele, ao elogiar a gestão do superintendente Joaquim Mendanha de Ataídes à frente da Susep.  “Na relação com a ANS, também houve avanço da regulação, especialmente nas regras para análise de impacto regulatório, envolvendo normas de penalidades e de qualificação das operadoras”, acrescentou ele, ao avaliar o órgão de supervisão das operadoras de Saúde Suplementar.

Após relatar as ações a fim de consolidar um padrão empresarial à CNseg, destacar algumas das ações do Programa Educação em Seguros (lançamento de livretos, avanço da audiência da Rádio CNseg, da fanpage da CNseg e do Canal Seguro, no YouTube), Marcio Coriolano, mais uma vez, repetiu o apelo para que o setor segurador conste do centro das políticas públicas, tendo em vista os grandes benefícios que pode gerar no campo da proteção de pessoas, seu patrimônio e negócios, sem falar em seu papel de investidor institucional.

Por fim, o presidente da CNseg defendeu o avanço da agenda microeconômica como caminho para acelerar o crescimento em 2018. No plano do seguro, ele listou as prioridades do mercado: a reestruturação do microsseguro, para ampliar a inclusão social; a redução do custo regulatório; o crescente uso dos meios remotos; a redução da judicialização via incentivo ao uso da arbitragem; e prévia avaliação de custo/efetividade das inovações no segmento de Saúde Suplementar.

 

Fonte: FENACOR, com informações da CNSeg

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