Corretor precisa diversificar seus negócios

Corretor precisa diversificar seus negócios

O mercado de seguros vem crescendo nos últimos anos, mas, de certa forma, ainda não ampliou efetivamente a proteção aos segurados. A avaliação foi feita pelo presidente do Ibracor, Joaquim Mendanha, ao participar, nesta quinta-feira (15), do CQCS Talks, no qual discutiu o tema “De Corretor para Corretor”, em bate-papo com o fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, e o vice-presidente do Conselho Consultivo da MAG Seguros, Marco Antonio Gonçalves.

Segundo ele, o setor, especialmente os corretores de seguros, deve mudar de postura e oferecer os produtos e serviços que podem aumentar essa proteção, como os seguros residenciais, de vida, responsabilidade civil profissional, entre outros. “Há um amplo leque de produtos que podemos e devemos levar para a sociedade”, assinalou Mendanha, com a experiência de que atua há mais de 30 anos no mercado e que já foi superintendente da Susep e presidente do Sincor-GO, além de secretário da Fenacor.

Joaquim Mendanha revelou que, há tempos, vem alertando para essa necessidade de diversificação. Para ele, passou da hora de se “enxergar o mercado lá fora”.

Nesse contexto, o presidente do Ibracor lembrou que, no passado, o corretor de seguros se formava e não buscava mais a atualização, passado a concentrar seus negócios na comercialização de um único produto, basicamente o seguro de veículos.

Ele frisou que as seguradoras sempre reclamaram dessa situação, mas, embora tenham “um papel fundamental para essas mudanças”, sempre foram muito tímidas em incentivar o corretor de seguros a vender produtos diferenciados. “Isso até vem mudando ao longo dos anos, mas é preciso avançar”, acrescentou.

Mendanha destacou que a ENS enxergou isso há algum tempo e vem oferecendo novos cursos para prover tanto o corretor de seguros quanto a sua equipe de colaboradores.

Na visão dele, essa ação é fundamental para atender às novas demandas dos segurados, que exigem situações diferentes. “Antes, o corretor ficava satisfeito apenas ao vender o seguro de carro. Mas, hoje, as pessoas não querem só isso e, às vezes, nem têm carro. O corretor que não enxergar isso, vai ficar parado vendo a carteira sendo perdida”, advertiu.

Mendanha citou como exemplo de diversificação que pode gerar bons frutos a atuação do corretor de seguros como agente autônomo de investimento, aproveitando, inclusive, o curso que será disponibilizado pela ENS.

Ele observou que os bancos sempre “mexeram no queijo” do corretor e que, agora, há a oportunidade de se dar o troco, oferecendo essa opção para ao segurado, cuja vida ele conhece como ninguém.

O presidente do Ibracor reconheceu que não é “fácil virar a chave”, mas enfatizou que é preciso mudar e agir fora do quadrado. “Temos todos os ingredientes para ter um crescimento do mercado constante e perene, não mais os voos de galinha de antes. É questão de sobrevivência. O corretor precisa de portfólios para oferecer ao cliente. Se for preciso, deve fazer parcerias com outros corretores, para cumprir sua missão de ser agente do bem estar social”, asseverou.

Os alertas feitos por Mendanha contaram com a concordância de Marco Antonio Gonçalves, para quem a pandemia aumentou a necessidade de novos tipos de proteção, com risco coberto e preço adequado, incluindo os seguros sob demanda ou intermitentes. “É preciso haver a possibilidade de o cliente obter a proteção completa em único lugar. E o corretor pode ter esse leque de produtos e serviços para atender seus clientes. Ainda está tímido, está evoluindo. O Brasil passa por transformações e as pessoas precisam de alguém que possa ser um provedor de soluções. O corretor pode ocupar esse espaço. Mas, precisa se preparar diferentemente do que fazia há 20 anos. A evolução tem sido muito rápida”, comentou.

Fonte: CQCS

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