Entidades discutem o fim do "Pátio Legal"

Entidades discutem o fim do "Pátio Legal"

Em live promovida pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ), na terça-feira (05), foram debatidos diversos assuntos referentes ao mercado de seguros e, dentre eles, o fim do "Pátio Legal". Participaram do encontro o presidente do Sindicato das Seguradoras RJ/ES, Antônio Carlos Costa, o diretor executivo do Sindicato, Ronaldo Vilela, o presidente do CCJ-RS, Luiz Mário Rutowitsch, o diretor Marco Aurélio Marques e o associado e sócio da Santa Bárbara Corretora de Seguros, João Paulo de Oliveira Lepper, e o diretor AECOR-RJ, Jayme Torres.

Em 2005, uma parceria público-privada surgiu para dar uma solução aos veículos que eram recuperados pela polícia e ficavam parados nas delegacias deteriorando. Assim, surgiu o Pátio Legal. “Ao longo desses 15 anos, devolvemos mais de 300 mil veículos à sociedade fluminense a segurados ou não-segurados. Ao ser recuperado, o dono era notificado e tinha 72h para retirar seu veículo do local de forma gratuita. Após este período, eram cobradas taxas”, explicou Costa.

No entanto, uma mudança no Estado levou ao fim da parceria. O presidente do Sindicato destaca, no entanto, que o fim da parceria não partiu das seguradoras. “As seguradoras subsidiaram integralmente os custos da operação, o estado não tinha nenhum ônus. Em 2020, o Estado decidiu fazer uma nova licitação e firmou um novo convênio. Ficamos felizes porque o programa seguiu e agora chama de pátio seguro, não vamos retornar ao cenário que tínhamos antes”, salientou.

Em relação a cultura do seguro, Vilela destacou que é uma preocupação constante da entidade. “O problema do crescimento do seguro no Brasil está intimamente ligada ao seu desconhecimento e o Sindicato tem um papel muito importante de dar esclarecimento a população. Por isso, temos a preocupação de falar com um linguajar mais simples com quem ainda não conhece o mercado de seguros, promovemos diversos eventos fora da entidade como em faculdades de direito”, explicou. Dentre as consequências desse desconhecimento da população em relação ao mercado segurador está a expansão da proteção veicular.

Para Costa, “o consumidor quando tem a informação correta sobre a diferença entre seguro e proteção veicular vai sempre optar pelo seguro”. Torres também destacou que além de eventual dano ao consumidor, estas associações trazem danos para a economia. “Um dos grandes males das associações é a evasão fiscal porque elas se denominam como associação sem fins lucrativos”, explicou.

Assim como nos demais setores, a pandemia resultou em mudanças significativas para o mercado de seguros. As empresas, que já vinham tentando implementar seu processo de digitalização, precisaram acelerar este processo para garantir a qualidade de atendimento tanto para seus clientes quanto suporte para seus trabalhadores. “O mercado como um todo se posicionou muito bem para a comunidade. Muitos corretores ainda estão meio mambembes, mas a preocupação em manter a qualidade foi fundamental para o sucesso da adaptação”, apontou Rutowitsch. Mesmo com a maior digitalização dos processos a participação do corretor, no entanto, segue cada vez mais fundamental. “Não vejo mais retrocesso em relação a este quadro. O consumidor está mudando muito, se digitalizou mais e a mecanização da rotina tornou o corretor ainda mais importante porque o cliente precisa de relacionamento, humanização, atendimento personalizado, o que é uma oportunidade muito grande para o corretor”, concluiu Costa.

Confira a live completa:

https://www.youtube.com/watch?v=-tHgTJ01pxU

Fonte: VTN Comunicação

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