Lucas Vergilio compara proteção veicular à zircônia

Lucas Vergilio compara proteção veicular à zircônia

O deputado Lucas Vergilio (SD-GO) fez novo pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta 4ª feira (17/04), sobre a atuação irregular das associações de proteção veicular. Vergilio voltou a alertar para o sério risco ao qual estão expostos os consumidores brasileiros, lembrando que esse segmento não é regulamentado, não oferece garantias e “vem sendo alvo de sucessivas ações da Polícia Federal em diferentes regiões do Brasil”. 

No pronunciamento, Lucas Vergilio citou a investigação realizada pela Polícia Federal - em uma das etapas da Lava Jato - sobre a participação do advogado Raul Canal - presidente da Agência de Autorregulamentação das Associações de Proteção Veicular e Patrimonial (AAAPV) – na extração ilegal e na venda de diamantes do garimpo de Lage, na reserva dos índios Cinta Larga.

Em seguida, comparou a proteção veicular à zircônia, pedra sintética produzida em laboratório, tida como a imitação mais popular de um diamante. “A princípio, até tem certo brilho, mas é de baixíssimo valor.”, frisou.

Ele frisou ainda que a zircônia difere da proteção veicular pelo fato de o consumidor que opta pela pedra sintética saber que está adquirindo algo de baixo valor, que não tem a resistência e a qualidade do diamante e que, com o uso, vai acumulando riscos, se torna cada vez menos brilhante e, em pouco tempo, perde todo o brilho e utilidade. “Já aquele que contrata a proteção veicular acredita que estará de fato protegido por algo de valor que não vai se alterar com o tempo, principalmente na ocorrência de um sinistro, quando tem o seu patrimônio roubado ou danificado em um acidente no trânsito”, observou.

Vergilio pediu às autoridades que atuem com extremo rigor para evitar que a população brasileira continue correndo o risco “de perder o seu maior diamante, o seu patrimônio tão arduamente conquistado, em razão da extração irregular praticada por garimpeiros ilegais, que se espalham por todo o Brasil, atuando totalmente a margem da lei”.
Finalizando, o deputado advertiu que os deputados não podem permitir que as finanças pessoais e o patrimônio dos brasileiros permaneçam ameaçados por “esse canal de zircônia que é a proteção veicular”.

Leia, abaixo, o discurso, na íntegra:

“....Subo a esta tribuna para novamente alertar a sociedade brasileira sobre os riscos oferecidos pela chamada “proteção veicular”, um segmento que, irregularmente, se transveste de seguro para iludir incautos, comercializando algo que não é regulamentado, não oferece garantias e que vem sendo alvo de sucessivas ações da Polícia Federal em diferentes regiões do Brasil. 
Senhores deputados, senhoras deputadas, desta vez chamo a atenção para o envolvimento de expressiva liderança desse segmento em outra atividade investigada pela polícia.
Refiro-me ao advogado Raul Canal que, segundo notícia amplamente divulgada pela imprensa, estaria envolvido na extração ilegal e na venda de diamantes do garimpo de Lage, na reserva dos índios Cinta Larga. 
Ele é alvo, inclusive, de investigação da Lava Jato. 
Essa notícia não nos surpreende.
Afinal, esse advogado preside a autoproclamada Agência de Autorregulamentação das Associações de Proteção Veicular e Patrimonial (AAAPV). 
Portanto, lidera o segmento que, em relação ao seguro, pode ser considerado uma espécie de zircônia, aquela pedra sintética produzida em laboratório, tida como a imitação mais popular de um diamante.
A princípio, até tem certo brilho, mas é de baixíssimo valor, se comparada aos diamantes!
A diferença entre a zircônia e a proteção veicular é que o consumidor que opta pela pedra sintética sabe que está adquirindo algo de baixo valor, que não tem a resistência e a qualidade do diamante e que, com o uso, vai acumulando riscos e se tornando cada vez menos brilhante. 
Em pouco tempo, perde todo o brilho e utilidade.
Já aquele que contrata a proteção veicular é iludido e instado a acreditar que estará de fato protegido por algo de valor que não vai se alterar com o tempo, principalmente na ocorrência de um sinistro, quando tem o seu patrimônio roubado ou danificado em um acidente no trânsito.
As autoridades precisam agir com extremo rigor para evitar que a nossa população continue correndo o sério risco de perder o seu maior “diamante”, o seu patrimônio tão arduamente conquistado, em razão da “extração irregular” praticada por garimpeiros ilegais, que se espalham por todo o Brasil, atuando totalmente a margem da lei.
Deputados, deputadas, não podemos permitir que as finanças pessoais e o patrimônio dos brasileiros permaneçam ameaçados por esse canal de zircônia que é a proteção veicular.
Muito obrigado!...".

 

Fonte: Fenacor

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